No dia 1 de Fevereiro de 1908 a Carbonária assassinou, no Terreiro do Paço, o último rei de Portugal e o principe-herdeiro.
Carlos de Bragança poderá não ter sido o último coroado a reinar em Portugal, mas foi o último rei. Se entendermos que rei é uma pessoa que foi educada para ser chefe de Estado, que se preparou e estava preparado para representar o Estado. "Duty first, sel second", há quem diga que é o lema de Isabel II de Windsor.
D.Carlos foi um cientista, um oceanógrafo, que cometeu erros crassos enquanto reinou, como o da legitimação da ditadura de João Franco, ou o vacilar perante o ultima inglês e o mapa cor de rosa.
Sobreviveu ao 31 de janeiro, ao 21 de Janeiro de 1908, assistiu ao recrudescimento das lutas políticas entre republicanos, que aumentavam continuamente, e monárquicos, numa posição cada vez mais fraca, às revoltas por todo o ultramar, desde a Guiné a Timor, e consequente repressão a que estão ligados os nomes de Mouzinho de Albuquerque, em Moçambique, Alves Roçadas, em Angola, e infante D. Afonso, na Índia, mas não resistiu ao 1 de Fevereiro de 1908.
Descobri recentemente, no livro de Eduardo Nobre, que a sua esposa, a rainha D.Amélia tinha uma devoção muito grande pelo Buçaco e que quando visitou Portugal pela última vez, em Junho de 1945, fez questão de vir ao Palácio e mandar chamar, para cumprimentar, pessoas que ainda lembrava e que com quem tinha tido simpatia, antigos colaboradores do palácio.
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