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Será que os jornalistas devem ter blogues? É uma pergunta que se impõe... até a mim próprio que sendo um mero equiparado a jornalista me deparo, diariamente, com as regras da deontologia jornalistica...
Onde está a fronteira, entre o poder de informar e o de opinar...
Mais importante até será perguntar se devem os responsáveis editoriais ser também bloggers...
Listam-se aqui e aqui algumas razões para que os jornalistas escrevam blogues:
«Porque devem os jornalistas ter blogues?
27 Fevereiro 2007
- Melhora a escrita.
- Atrai e envolve o público.
- Oferece um melhor entendimento do mundo digital.
- Ajuda a desenvolver alguns conhecimentos técnicos.
- É divertido.
Concordo com tudo. Mas, do que tem sido a minha experiência, acrescentaria:
- Ajuda a mantermo-nos a par dos assuntos que se desenrolam gradualmente. Já várias vezes publiquei no blogue informação que recuperei para escrever um artigo.
- Traz à atenção (através de comentários dos leitores, de referências cruzadas ou simplesmente da procura de algo sobre que escrever) assuntos que passariam despercebidos. Escrever um blogue e estar atento à blogosfera é uma excelente forma de descobrir estórias interessantes ou de obter algumas pistas úteis.
- Permite conhecer possíveis fontes. Ter um blogue permite-nos conhecer outras pessoas e permite que elas nos conheçam. É mais fácil abordar alguém que pode ser uma fonte quando esta pessoa segue aquilo que escrevemos - mesmo que nunca tenha havido um contacto directo.
- Permite um registo diferente do da escrita profissional.
- Ensina a comunicar eficazmente na Web.»
Será verdade?
3 comentários:
Cá está uma leitura linear das vantagens em se ter um blog, enquanto jornalista.
Claro que, apesar do já referido, existe a questão do conteúdo onde, aí sim, poderão – deverão, mesmo! – existir alguns limites. Conheço casos de quem se aproveita, sem sentido ético (mas neste caso, a profissão pouco ou nada importa), de figuras da nossa praça, ridicularizando terceiros. Neste caso, por exemplo: www.oblogdourbano.blogspot.com
No entanto, a um profissional da comunicação social exige-se contenção de conteúdos, por muito que isso esbarre contra os direitos democráticos do comum cidadão. A credibilidade da informação será sempre analisada pelo leitor tendo em conta as posições, nas mais variadas áreas, publicadas anteriormente em blogs pessoais. Incorre-se, assim, num risco desnecessário dos próprios leitores afastarem a figura jornalista do indispensável conceito de imparcialidade.
E os políticos? Devem ter blogues pessoais? Será legitimo?
E que usem esses blogues para fazer politica...
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