domingo, 1 de julho de 2007

Da natureza do terrorismo

[221.]
*
A Al-Qaeda dá as boas vindas ao novo primeiro-ministro Gordon Brown, e despede-se de Tony Blair, com uma sequência de eventuais atentados que coloca, de novo, e em véspera de férias, a aviação e os turistas em polvorosa. Já havia feito o mesmo aquando da saída de Aznar, com o 11M... O padrão repete-se e os personagens do quadro das Lajes parecem reposionar-se...
.
O objectivo dos terroristas não é matar, pura e simplesmente. O objectivo é amedrontar, é provocar instabilidade, é causar temor, é condicionar comportamentos. Quando um carro armadilhado (em Londres e em Ayamonte), um jipe em chamas contra um terminal ou um pacote cheio de coisa nenhuma num aeroporto provoca tantas consequências numa escala planetária, sem ter causado feridos ou mortos, então é verdade que o terrorismo resulta.
Enquanto o terrorismo for um meio que resulta será usado. Alguma vez deixará de resultar? Talvez no dia em que deixarmos de o temer. Mas por causa disso os terroristas deixam de ameaçar e, ciclicamente, mostram que não estão a brincar e matam...
.
Quem tem cu, tem medo!
.
Depois da Guerra Fria, antes da Guerra Biológica e da Guerra da Água, temos de nos capacitar que, pelo menos desde 2001, estamos em guerra. Estamos na Guerra do Medo, estamos desde há muito a viver a terceira Guerra Mundial. Feliz ou infelizmente vão ser os nossos filhos, ou os nossos netos, ou nós já muito velhinhos, a baptizar esta guerra com esse nome e a percebermos que, apesar de pensarmos que não, já a estávamos a viver antes de sermos mobilizados...

Sem comentários: