segunda-feira, 2 de julho de 2007

Solis dies

[219.]

O Nome da Rosa. É um filme de Jean-Jacques Annaud baseado no romance homónimo de Umberto Eco.1986. Com Sean Connery.
Um filme fantástico, um dos meus preferidos. Aprecio particularmente a conversa de Jorge de Burgos com Guilherme de Baskerville sobre o Riso, o debate sobre a pobreza de Cristo entre os enviados do Papa e os franciscanos e claro está... a cena da cozinha entre Adso e a Rosa... Fantástico.

2 comentários:

Jerico & Albardas, Lda. disse...

Um filme que nos prende do princípio ao fim.

lua-de-mel-lua-de-fel disse...

Um dos meus filmes preferidos. Uma pequena correcção, estava em causa um livro de Aristóteles, "Poética", onde se fala da tragédia, da poesia, e da sátira (daí, riso). Neste século, no do filme, existiam muitas questões filosóficas em debates inflamados, como é a questão do universais e o nominalismo de Guilherme de Ockham, que colocavam em causa a doutrina da Igreja de então, mais devota aos escritos platónicos (apesar de S.Tomás de Aquino ter visto em Aristóteles a prova da existência de Deus). Sem mais delongas, para não vos cansar, sublinho apenas que a ideia que se tem dos tempos medievos como sendo o tempo das trevas não faz sentido algum (e só é assim denominado em contraposição à dita época das Luzes); nesta época houve grandes pensadores, grandes debates (que incluiam os pensadores árabes, como Avicena e Averróis) e pessoas (homens e mulheres) que arriscaram a sua felicidade e, por vezes, a vida, por pensarem por si, permitindo os avanços ulteriores.
O melhor do filme, para mim, é a visão que dá de que esta época, ao contrário do que se pensa, é feita de vozes plurais e fundamentadas e o de sublinhar a importância da cultura e dos livres para a liberdade humana. Coisa que alguns, ainda hoje, não conseguem compreender e pensam a palavra diferente, ainda, como uma ameaça.