Alea iacta est*
A propósito das candidaturas às autarquias locais
É já conhecida a identidade da maior parte dos cidadãos que se candidatam aos órgãos das autarquias locais do município/concelho da Mealhada — Câmara Municipal e Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia. Apesar de faltarem mais de dez dias para o final do prazo para entrega das listas — partidárias ou de movimentos de cidadãos — não deverá haver (mais) grandes surpresas nem alterações. O Partido Socialista e o Partido Social-Democrata apresentarão listas aos dez órgãos autárquicos do concelho — oito assembleias de freguesia, câmara municipal e assembleia municipal —; a CDU está a preparar a candidatura a todos, mas poderá falhar uma assembleia de freguesia; não parece haver movimentações — à hora em que escrevemos este texto — para a candidatura de movimentos independentes, do CDS/PP ou do Bloco de Esquerda, ou de outros partidos. Assim, parafraseando o imperador romano Júlio César quando passou o Rubicão e fez entrar as suas legiões na desmilitarizada Roma, afirmamos ‘Alea iacta est’, isto é, os dados estão lançados. Já só resta observar o que vai acontecer.
Os candidatos têm pela frente 65 dias de campanha eleitoral. Destes, só 15 são de campanha eleitoral formal e oficial. Durante o mês de Agosto, para além das participações em realizações sociais, os candidatos, certamente, não farão grandes acções de campanha, uma vez que grande parte do eleitorado se desloca para a praia ou para o campo. Em meados de Setembro começa a campanha eleitoral para a escolha dos deputados do parlamento nacional e as máquinas de campanha partidária dividir-se-ão pelo esforço de mobilização local e de mobilização distrital. Só a 28 de Setembro, no dia seguinte ao das eleições parlamentares — e fortemente influenciada pelos resultados destas — começará a campanha eleitoral exclusiva para as autarquias locais.
A campanha espera-se viva, esclarecedora em relação às intenções e projectos de todos os candidatos e com momentos de confronto dialéctico democrático e participativo. O Jornal da Mealhada procurou estar à altura dos acontecimentos e das responsabilidades sociais que tem e dará o seu contributo para que, assim o queiram os candidatos e os partidos, os eleitores, por intermédio deste jornal, possam participar na campanha e obter toda a informação e todos os esclarecimentos que considerarem necessários para formar o seu voto. Em breve apresentaremos a nossa planificação e os critérios por que nos guiaremos para o acompanhamento da campanha, e o conjunto de iniciativas que, exclusivamente ou em parceria, pretendemos desenvolver neste âmbito.
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A propósito das candidaturas às autarquias locais
É já conhecida a identidade da maior parte dos cidadãos que se candidatam aos órgãos das autarquias locais do município/concelho da Mealhada — Câmara Municipal e Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia. Apesar de faltarem mais de dez dias para o final do prazo para entrega das listas — partidárias ou de movimentos de cidadãos — não deverá haver (mais) grandes surpresas nem alterações. O Partido Socialista e o Partido Social-Democrata apresentarão listas aos dez órgãos autárquicos do concelho — oito assembleias de freguesia, câmara municipal e assembleia municipal —; a CDU está a preparar a candidatura a todos, mas poderá falhar uma assembleia de freguesia; não parece haver movimentações — à hora em que escrevemos este texto — para a candidatura de movimentos independentes, do CDS/PP ou do Bloco de Esquerda, ou de outros partidos. Assim, parafraseando o imperador romano Júlio César quando passou o Rubicão e fez entrar as suas legiões na desmilitarizada Roma, afirmamos ‘Alea iacta est’, isto é, os dados estão lançados. Já só resta observar o que vai acontecer.
Os candidatos têm pela frente 65 dias de campanha eleitoral. Destes, só 15 são de campanha eleitoral formal e oficial. Durante o mês de Agosto, para além das participações em realizações sociais, os candidatos, certamente, não farão grandes acções de campanha, uma vez que grande parte do eleitorado se desloca para a praia ou para o campo. Em meados de Setembro começa a campanha eleitoral para a escolha dos deputados do parlamento nacional e as máquinas de campanha partidária dividir-se-ão pelo esforço de mobilização local e de mobilização distrital. Só a 28 de Setembro, no dia seguinte ao das eleições parlamentares — e fortemente influenciada pelos resultados destas — começará a campanha eleitoral exclusiva para as autarquias locais.
A campanha espera-se viva, esclarecedora em relação às intenções e projectos de todos os candidatos e com momentos de confronto dialéctico democrático e participativo. O Jornal da Mealhada procurou estar à altura dos acontecimentos e das responsabilidades sociais que tem e dará o seu contributo para que, assim o queiram os candidatos e os partidos, os eleitores, por intermédio deste jornal, possam participar na campanha e obter toda a informação e todos os esclarecimentos que considerarem necessários para formar o seu voto. Em breve apresentaremos a nossa planificação e os critérios por que nos guiaremos para o acompanhamento da campanha, e o conjunto de iniciativas que, exclusivamente ou em parceria, pretendemos desenvolver neste âmbito.
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A palavra candidato tem origem etimológica numa palavra latina que quer dizer “vestido de branco”. Em Roma, na antiguidade, os cidadãos romanos que manifestavam desejo e disponibilidade para se submeter a sufrágio e vir a ocupar um lugar no senado passavam a vestir uma toga branca — alva, cândida, pura. Com este sinal procuravam mostrar aos cidadãos em geral e aos eleitores em particular que eram suficientemente limpos e puros para os representar.
Vem esta ideia a propósito das declarações recentes de Luís Marques Mendes, antigo ministro e antigo presidente do PSD, que disse considerar vergonhoso o facto de os partidos políticos não terem encontrado uma solução jurídica que impedisse os cidadãos de se candidatarem a cargos públicos de natureza política desde que eles tivessem sido acusados, pronunciados ou condenados judicialmente por crimes de corrupção. Não deixa de ser interessante que tantos séculos passados a candura dos que se oferecem para gerir a coisa pública continue a suscitar opiniões divergentes, de ser tema de debate, e de impor soluções legislativas…
A palavra candidato tem origem etimológica numa palavra latina que quer dizer “vestido de branco”. Em Roma, na antiguidade, os cidadãos romanos que manifestavam desejo e disponibilidade para se submeter a sufrágio e vir a ocupar um lugar no senado passavam a vestir uma toga branca — alva, cândida, pura. Com este sinal procuravam mostrar aos cidadãos em geral e aos eleitores em particular que eram suficientemente limpos e puros para os representar.
Vem esta ideia a propósito das declarações recentes de Luís Marques Mendes, antigo ministro e antigo presidente do PSD, que disse considerar vergonhoso o facto de os partidos políticos não terem encontrado uma solução jurídica que impedisse os cidadãos de se candidatarem a cargos públicos de natureza política desde que eles tivessem sido acusados, pronunciados ou condenados judicialmente por crimes de corrupção. Não deixa de ser interessante que tantos séculos passados a candura dos que se oferecem para gerir a coisa pública continue a suscitar opiniões divergentes, de ser tema de debate, e de impor soluções legislativas…
* Os dados estão lançados
Editorial do Jornal da Mealhada de 5 de Agosto de 2009
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