sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

[1836.] Mártires da democracia


É possível que se possa dizer propriedade que a Democracia precisa dos seus mártires e que são eles que, transformando-se em mitos, se convertem em referências que são endeusadas e chegam a patamares de admiração que nunca alcançariam se tivessem sobrevivido. É assim com Francisco Sá Carneiro em Portugal, com John F. Kennedy nos Estados Unidos, com Aldo Moro em Itália, e com Olof Palme na Suécia.

Faz hoje 28 anos que Olof Palme (1927-1986) foi assassinado à porta de um cinema em Estocolmo. Olof Palme é um modelo da social-democracia europeia e um modelo para líderes europeu onde se inclui o Presidente Cavaco Silva, que já se assumiu como um admirador do antigo primeiro-ministro sueco.

Pessoalmente serei mais liberal do que Olof Palme, mas foi uma figura política que tive de aprender a compreender para poder pensar por mim próprio politicamente.

«A diferença entre a Suécia e Portugal ficou bem expressa no diálogo entre Otelo Saraiva de Carvalho e o então Primeiro Ministro Olof Palme. Quando Otelo, ufanamente, lhe disse que "em Portugal já acabámos com os ricos", ouviu de Palme que "na Suécia acabámos com os pobres".» Miguel Mota


Sem comentários: