segunda-feira, 10 de março de 2014

[1848.] Rir do medo

 
 
Esta é a imagem da edição de 2014 do Carnaval da Mealhada.
Lembro-me de carnavais com rábulas e piadas que faziam gargalhar o público. Mas nunca tinha visto nada que sacasse um efusivo aplauso do público. E isso parece-me um sinal muito importante. O Batuque tem mostrado que é possível inovar num desfile regulamentado e cada vez mais (e bem) formatado a um modelo definido. Mas é possível inovar. E foi possível criar grandes momentos de alegria com a criação da Ala Folia, ou da Velha Guarda. Assim como se demonstrou ser possível num carnaval brasileiro de samba colocar um momento de teatralização e espetáculo, que não teria funcionado numa comissão de frente, mas que deste modo, até recebeu aplausos do publico.
 
As escolas devem sempre procurar melhorar pela aproximação ao modelo do Rio de Janeiro. Mas parece-me que faz sentido ter sentido critico e autonomizarem-se pela criatividade, pela inovação, pela invenção de um modelo que pode ser avaliado e avaliável, mesmo que sem perder a matriz brasileira.
 
Estão de Parabéns o Batuque, a Paula Gradim, o Sérgio Lindo, a Patrícia e a Diana Gonçalves e todos zombies que numa caracterização espetacular não consegui identificar.


(Foto de Rui Santos)

Sem comentários: