Alberto João Jardim foi reeleito presidente do Governo Regional da Madeira. Ocupa o cargo desde 17 de março de 1978 e foi eleito, com 48,6 por cento dos votos expressos, elegendo 25 dos 47 deputados da Assembleia Legislativa Regional.
Teve menos votos (muito menos, aliás) do que na eleição de 2007, quando antecipou eleições para poder mostrar a Sócrates quem mandava. Foi, agora, reeleito depois de uma campanha eleitoral que lhe foi - a partir do continente, convenhamos - completamente desfavorável.
Não nutrimos por AJJ maior simpatia do que lhe advirá de ser um líder eleito pelo povo. Basta isso para ter de ser considerado. Acreditamos que o Povo não é burro, nem acéfalo, e terá escolhido, uma vez mais, quem - na sua opinião - melhor o serve. Não nos parece, no entanto, que a eleição de AJJ tenha sido o melhor para o futuro da Madeira. AJJ portou-se mal para com os madeirenses ao endividar-se de uma maneira quase sobrenatural, sabendo que não teria - nas próximas décadas - dinheiro suficiente para cumprir compromissos. Mas como não somos eleitores na Madeira, mais não podemos que mandar bitaites.
O que precisamos de ter em conta, no entanto, é que AJJ é um líder regional e não lhe cabe a ele defender outros interesses que não sejam os egoísticamente considerados para a sua população. Infelizmente, esse é o protótipo que se espera de um líder regional. Uma liderança que precisa de inimigos externos para se afirmar - coisa que nós os cubanos do continente continuamos a ajudar. Uma liderança que precisa de protagonismo externo. Uma liderança que precisa de o ser, de facto, na tal defesa intransigente dos alegados interesses das pessoas.
Os madeirenses têm melhores condições de vida que os continentais. É verdade. E de quem é a culpa?
A única diferença entre AJJ e Fraga Iribarne - antigo líder regional da Galiza - ou de Manuel Chavez - antigo líder regional da Andalucia -, é que não consegue deixar o poder. Está demasiado agarrado a ele, e vai ser isso que vai condenar o PSD/Madeira no futuro. Tudo o resto é igual: A truculência, a verborreia, a energia em campanha, o amor do Povo. AJJ não é diferente que qualquer outro líder autonómico. Nem se pretenderia que o fosse. A cada um o seu lugar, poderia dizer-se.
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