Da esquerda para a direita:
Tawakkul Karman (Yémen), Ellen Johnson Sirleaf e Leymah Gbowee (Libéria)
De todos os "Nobel Prize", os da Literatura e da Paz são os que mais curiosidade me despertam, confesso. Quanto aos restantes sou relativamente indiferente. E, honestamente, nem sei muito bem porque é que tenho essa curiosidade porque a verdade é que são prémios importantes, de prestígio, mas cuja autoridade moral me parece posta em causa há muitos anos.
Já aqui referi, acho eu, o episódio da atribuição do Prémio Nobel da Literatura a Winston Churchill, em 1953, porque não havia condições políticas para lhe atribuir o da Paz. Ou o facto de Barack Obama ser Nobel da Paz no ano em que tomou posse do Governo da Nação mais beligerante desde o Império Romano. Já para não falar das falhas graves como a não correção do erro de não terem atribuído o Nobel da Paz de 1923 a Baden-Powell, fundador do Movimento Escutista.
Mas desta vez, a de 2011, o Nobel da Paz parece-me bem atribuído: "Por sua luta não-violenta para a segurança das mulheres e pelos direitos das mulheres à sua plena participação na construção da paz e trabalho".
E parece-me importante ter sido entregue a três pacifistas mulheres. Uma da oposição política recente, da Primavera Arabe - a jornalista Tawakkul Karman -, outra no poder instituído - Ellen Johnson Sirleaf, presidente da Libéria, a primeira em Africa, desde 2006 - e a terceira no combate no terreno, com as mãos na massa, pelo fim da guerra na Libéria, em 2003 - Leymah Gbowee.
Desta vez os noruegueses do Nobel da Paz safaram-se...
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