sexta-feira, 13 de maio de 2011

[1387.] Veneris dies

Fatima bint Muhammad

Hoje é dia 13 de maio. É dia de mais um aniversário da primeira aparição de Maria, mãe de Jesus, aos pastorinhos Lúcia, Jacinta e Francisco, na Cova da Iria, junto à aldeia de Fátima, no concelho de Ourém, no centro de Portugal. É, aliás, o dia do 94.º aniversário do mais importante fenómeno espiritual em Portugal, que tornou o local das aparições o mais importante santuário mariano do mundo, também apelidado de altar do mundo.

Não me vou estender sobre a análise sobre a aparição. Acho que já falei sobre isso várias vezes... E posso sempre voltar ao assunto...

Interessa-me, hoje, Veneris dies, sublinhar um outro aspecto que me parece curioso e importante... ou não!

Nossa Senhora de Fátima... é o nome dado a Maria, mãe de Jesus, aparecida em Fátima. Ou seja, Fátima é o nome de uma localidade. E a localidade, a aldeia de Fátima já existia antes de 1917... muito antes.

Fátima é um nome árabe - Fāţimah, فاطمة -. Fátima é o nome de uma importante mulher árabe. Fatima bint Muhammad ou Fatima Zahra foi uma das filhas do profeta Maomé, o grande profeta do Islão. Fátima é filha de Maomé com Cadija e terá nascido no ano 605, em Meca, e falecido em Medina, em 632. Fátima foi a única descendente de Maomé a prolongar a estirpe do profeta e teve quatro filhos - dois rapazes e duas raparigas.

Fátima morreu muito jovem e a sua figura é "alvo de veneração pelos muçulmanos, em particular pelos muçulmanos xiitas. Um dos títulos que estes lhe atribuem é o de al-Zahra, ou «a Resplandecente». Os descendentes de Fátima têm o nome de Fatímidas".

O professor Moisés Espírito Santo, no seu livro "Os Mouros Fatímidas e as Aparições de Fátima", afirma que a região portuguesa de Fátima e os seus arredores está impregnada, no inconsciente colectivo, por uma cultura herdada do tempo da facção fatímida dos mouros, que, na época, relatavam a visão de uma senhora de luz que consideravam ser Fátima, a filha de Maomé.

Ou seja, antes mesmo de 1917 aquela região, Fátima, já estava associada a um fenómeno ancestral de culto de uma personalidade religiosa "resplandecente". Coincidências?

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Como se sabe, na religião muçulmana não é permitida a figuração de profetas e figuras humanas da liturgia. Na impossibilidade de aqui representar Fatima bint Muhammad , fica uma Hamsá - ou Mão de Fátima - um talismã usado por alguns muçulmanos que acreditam que ele pode afastar o mau-olhado.
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