sábado, 25 de julho de 2015
[2136.] Um novo príncipio
Há momentos na nossa vida que têm de funcionar como pedradas no charco, apenas para que as consciências se movam um pouco, na célebre frase do 'Leopardo', de di Lampedusa, "É preciso que algo mude, para que tudo fique na mesma!".
É nessa consciência que 'O fio dos dias' muda de poiso. Para encontrar este blogue de coisas gerais que se debruçam sobre 'o dia que passa' a morada passa a ser
www.nunocanilho.pt
Os textos do velho blogue estão, simultaneamente, no velho (www.ncastelacanilho.blogspot.com) e no novo.
Este blogue apresenta-se com um novo aspecto, uma nova fachada, novas funcionalidades e acoplado a uma página institucional - basta aqui ir a home - onde procuro ter o meu currículo acessível, no sentido de estar apresentável.
Procurarei, ainda, dar nova dinâmica ao blogue, dentro daquilo que era, também o esquema geral do que existe desde 2 de novembro de 2006. Vamos ver se consigo publicar mais vezes, de maneira mais arrumada e de mais fácil digestão.
Continuo, como sempre, à espera de público, de palmas e assobios, de recados e sugestões. Apesar de, confesso, este blogue não deixar de ser nunca, uma espécie de onanismo intelectual.
Até já.
segunda-feira, 13 de julho de 2015
[2127.] Dez anos depois
Entre estas duas fotografias há dez anos de diferença. A primeira foi tirada em setembro de 2005, na EPVL, quando a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, visitou a escola para dar inicio ao novo ano lectivo. E a segunda foi tirada em 4 de julho de 2015, na cerimónia do 24.º aniversário da escola que foi também de homenagem ao Eng.º João Pega.
Na primeira fotografia, João Pega era diretor da EPVL e eu diretor do Jornal da Mealhada. Na segunda, eu sou diretor da EPVL e João Pega o homenageado...
Na primeira foto nota-se, pelos sorrisos, a cumplicidade que desde uns anos antes havia entre nós. Na segunda foto é notória, pela atenção e pelos olhares que essa cumplicidade persiste, dez anos depois.
Quando, em Dezembro de 2004, César Borges Carvalheira - presidente da gerência do Jornal da Mealhada, Lda, numa equipa constituída, ainda, por Abílio Duarte Simões e Hélder Xabregas - me convidou para ser diretor do Jornal da Mealhada, a minha relação com João Pega era afável, embora pouco próxima. Eu conhecia-o, não fosse ele uma figura pública da urbe e filho de um mestre-avô que eu tive quando era muito jovem, o professor Armindo Pega. Tinha sido meu treinador de basquetebol - ou tentado ser, porque sempre fui uma nódoa desportiva - e num momento de maior aflição tinha-me dado umas explicações pontuais de Matemática, na preparação de um ou outro exame ou prova nacional.
À medida que o tempo foi passado, e que fui assumindo a liderança diária do projecto Jornal da Mealhada, fui tendo um maior contacto com o diretor-geral da EPVL e as nossas conversas foram-se tornando mais intensas, mais demoradas, mais frutíferas. Desde o primeiro contacto na pele dessas minhas funções jornalísticas com João Pega, ele me mostrou o seu apoio, me demonstrou o seu carinho e a sua colaboração. Não é mentira que o Eng.º Pega seja um fervoroso fã dos jovens e da juventude.
Alguns meses depois, João Pega tornou-se presidente da gerência da Jornal da Mealhada, Lda e reconduziu-me no cargo de diretor, numa fase particularmente dificil que atravessou a morte do Padre Abílio Duarte Simões. A partir daí as nossas relações aumentaram de proximidade e tornámo-nos, mesmo, muito próximos. E sempre solidários um com o outro nos momentos mais complicados e complexos.
Em Outubro de 2013 quando fui convidado para lhe suceder na direcção-geral da EPVL fui falar com ele antes de aceitar. E conseguimos fazer uma sucessão que, eu pelo menos assim o considero, fez história e seria interessante que fizesse escola na forma como a sucessão de um grande organização pode e deve ser feita.
Continuamos a ser confidentes um do outro, apesar de entre nós haver uma diferença de idade de 41 anos.
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domingo, 12 de julho de 2015
[2135.] 40 anos de independência de São Tomé e Príncipe
Esta foto foi tirada na Praça da Independência, na ilha de São Tomé, em Agosto de 2008. Nesta altura apaixonei-me por aquele país e tem, desde aí um lugar especial no meu coração. Hoje, que o país faz anos, 40 anos de independência, fica o meu abraço fraterno aos meus amigos santomenses.
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sábado, 11 de julho de 2015
[2133.] Saudades de ser jornalista...
Há dias em que tenho saudades de ser jornalista. Não que goste mais do jornalismo do que daquilo que faço hoje. Mas lembro-me com saudade da adrenalina, da dificuldade de tomar decisões difíceis, sabendo que aquele título se for assim escrito vai chatear estes, mas de não for escrito assim vai chatear os outros todos. Saudades de saber as noticias em primeira mão, de ter acesso aos pontos de vista pela boca do protagonismo, de poder saber sem precisar de uma desculpa para perguntar, de conhecer o Lado B e o Lado C de uma mesma história.
E saudades de olhar para a página impressa com orgulho. Saudades de imaginar os leitores em casa à quarta-feira a noite a folhearem o jornal em casa, no sofá. Ou dos politicos irritados ao fim da manhã a chamarem-me nomes. E até dos telefonemas de quarta-feira ao almoço a ouvir raspanetes, ralhetes e até ameaças.
Confesso que tenho saudades.
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sexta-feira, 10 de julho de 2015
[2134.] Isabel, a irmã
Luís de Camões chamou, aos filhos de João, Mestre de Avis, e de Philipa of Lancaster a Ínclita Geração, um conjunto de infantes de alto valor militar, intelectual e político.
A Ínclita Geração é, então, composta por Duarte, o Eloquente, que não tendo sido o primogénito foi o mais velho a sobreviver à sucessão do pai - décimo-primeiro rei de Portugal e o segundo da dinastia de Avis -. Segue-se Pedro, Duque de Coimbra, o infante das Sete Partidas, foi regente depois da morte do irmão e um político e diplomata de excepção. Pedro é, para mim, o meu preferido e um modelo absoluto de cavaleiro medieval ( [1277.] [1537.]). O mais conhecido é capaz de ser, no entanto, Henrique, o Navegador, Duque de Viseu e Mestre da Ordem de Cristo. Há ainda o Infante Santo, Fernando, e ainda João, o Condestável.
Mas da Ínclita Geração faz parte, também, uma mulher, Isabel, que se tornou Duquesa da Borgonha e uma mulher poderosíssima no seu tempo e no destino da Europa medieval.
A Ínclita Geração é, então, composta por Duarte, o Eloquente, que não tendo sido o primogénito foi o mais velho a sobreviver à sucessão do pai - décimo-primeiro rei de Portugal e o segundo da dinastia de Avis -. Segue-se Pedro, Duque de Coimbra, o infante das Sete Partidas, foi regente depois da morte do irmão e um político e diplomata de excepção. Pedro é, para mim, o meu preferido e um modelo absoluto de cavaleiro medieval ( [1277.] [1537.]). O mais conhecido é capaz de ser, no entanto, Henrique, o Navegador, Duque de Viseu e Mestre da Ordem de Cristo. Há ainda o Infante Santo, Fernando, e ainda João, o Condestável.
Mas da Ínclita Geração faz parte, também, uma mulher, Isabel, que se tornou Duquesa da Borgonha e uma mulher poderosíssima no seu tempo e no destino da Europa medieval.
quinta-feira, 9 de julho de 2015
[2132.] Discurso de Guy Verhofstadt no Parlamento Europeu, em 8 de julho de 2015
Na política portuguesa a definição de 'liberal' é pejorativa. Diz-se que uma pessoa é liberal para atacar alguém, querendo dizer que essa pessoa defende o capitalismo sem alma ou não tem preocupações sociais. Eu, no entanto, acredito que sou Liberal, mais liberal do que Conservador, mais Liberal do que Social-democrata.
O discurso de Guy Verhofstadt, belga, do lado dos flamengos, antigo primeiro-ministro, e hoje líder da Aliança dos Liberais e Democratas Europeus no Parlamento Europeu, em frente a Alexis Tsipras, sobre a Grécia, no dia 8 de julho, é esclarecedora da falta que os políticos liberais fazem num debate de partido único (do pragmatismo) ou bipartidarismo (os da Situação e os da Oposição).
De modo assertivo, Guy Verhofstadt disse o que ainda nenhum líder europeu tinha conseguido dizer, com verdade, e sem arrogância nem paternalismo, ao primeiro-ministro helénico e, acima de tudo, aos gregos.
[2124.] Legado e Serviço
Perpassam hoje três anos sobre o dia em que, em família, os Castela - Canilho, reabrimos o Restaurante Hilário, fundado pelo meu avô materno e em funcionamento desde o dia 1 de janeiro de 1973.
A decisão foi amplamente maturada e tomada em consciência, num momento decisivo das nossas vidas colectivas e pessoais. Ao longo destes três anos muita coisa tem acontecido, com avanços e recuos, com conquistas e perdas, mas sempre em unidade, sempre com um sentido de família muito forte, de conjunto, de legado e de serviço.
Parabéns à mãe Isabelinha, ao pai Zé Augusto e ao irmão Diogo.
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segunda-feira, 6 de julho de 2015
[2130.] O futuro, o presente e a memória na EPVL
4 de Julho de 2015
Escola Profissional Vasconcellos Lebre
No dia em que comemorámos 24 anos, fizemos a homenagem prometida ao primeiro director-geral, João Pega. Foi uma festa bonita, como se esperava, com sinais de carinho, com simbolismo e muita emoção.
Temos de aprender a dizer obrigado olhos nos olhos, quando ainda temos a oportunidade de abraçar quem queremos homenagear com um agradecimento. Homenagear a alma mater deste projecto – o eng.º João Pega – é um acto de justiça porque ele é um pilar fundamental da EPVL. Foi o obreiro, foi o ideólogo, foi o estratega e o soldado, o comandante e o peão. Esta escola tem tanto dele que não seria possível quantificar. Até no momento da sucessão mostrou o nível e a dedicação que tem à escola. Tenho ideia que fizemos – modéstia à parte – uma sucessão que pode ser um exemplo para muitas organizações.
Procurámos homenagear o pedagogo, professor e diretor da escola, treinador desportivo, mas também o cidadão – autarca, dirigente associativo – e o homem – pai, irmão, marido, avô. Acho que conseguimos homenagear o Homem na plenitude: “João Pega é um Homem na sua plenitude, capaz da plenitude, coerente com a plenitude, com amores e paixões, ódios e temores, competências e conquistas”, como eu disse no meu discurso.
Dentro do que estiver ao meu alcance, e na minha prática diária como director-geral da EPVL procurarei valorizar o seu legado e a sua obra. Temos, naturalmente, métodos diferentes e pontos de vista diferenciados, não seremos exactamente iguais e pode resultar infrutífera qualquer comparação, mas acredito, é minha firme convicção, de que o legado de João Pega é estrutural e estruturante da EPVL. E eu defenderei sempre esse legado.
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